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Fundadores têm empatia suficiente com as novas gerações ?

  • Thomas Lanz
  • 11 de fev.
  • 3 min de leitura

  



      Estatísticas publicadas sobre a mortalidade das empresas familiares mostram que, em nível mundial, menos de 10% sobrevivem à terceira geração. As razões são as mais diversas.  Conflitos familiares, sucessões mal preparadas, falta de visão empresarial assim como administração mal conduzida estão entre eles. 

         No entanto pouco se fala do papel dos fundadores que foram responsáveis por semear as mais diversas sementes que deram origem a tantos problemas nos seus empreendimentos.

         O empreendedor por natureza é, em geral, uma pessoa   pragmática e imediatista. Coloca a mão na massa e não poupa esforços  para conseguir  resultados o quanto antes e usar todos os  meios alcançar seus objetivos. Sabemos que qualquer inciativa empresarial que está nos seus primeiros anos de vida exige esforços e atenção redobrada, o que é natural.

No contexto de uma visão mais a curto prazo o empreendedor não realiza que, concomitantemente, também precisa pensar no futuro de seu negócio. Por exemplo, como educar os filhos em relação ã empresa, como repartir o patrimônio entre os filhos em vida ou depois de seu falecimento, definir quem irá administrar a empresa no futuro quando ele ou ela  se aposentarem, regras de admissão de novos   sócios  entre tantos outros detalhes não menos importantes. 

Infelizmente a maioria destes pontos não são preocupações  dos empreendedores,  o que gera problemas observados nas empresas familiares. 

Como exemplo podemos citar que é muito comum que os pioneiros contratem familiares para se juntar  à força de trabalho de seu novo negócio. O fazem sem nenhum critério, pois para eles basta ser parente para ser competente e honesto. 

Tenho assistido a muitos dissabores e conflitos familiares quando se percebe que faltam a devida competência ou quando se descobre  a desonestidade. Desligar o familiar da empresa é sempre complicado e conflituoso. 

Outro conflito comum entre pais e filhos  é quando o pai , quer a  todo custo  que o filho trabalhe na sociedade sem lhe dar a devida liberdade de escolher a sua própria carreira profissional. Alguns pioneiros acham que a melhor faculdade é a empresa da família, não incentivando os filhos a buscar uma formação acadêmica mais  apurada. Muitos pais também tolhem os horários livres dos filhos, fins de semanas e até férias, para que eles aprendam  e conheçam os negócios da família. Isto é feito , muitas vezes, de forma imperativa gerando uma grande revolta nos jovens, cujos sintomas podem perdurar até a idade adulta.

Muitos jovens que são admitidos nas empresas da família ao concluírem seus cursos superiores, sentem grande frustração ao não poder apresentar, discutir ou colocar em prática assuntos aprendidos nos bancos da escola. É bem comum que o fundador não admita e não aceite novas ideias, principalmente vindas dos filhos.  


Outros pais, acham que os filhos são seus heróis e assim que possível lhe dão tarefas e responsabilidades bem acima de sua maturidade, experiencia e conhecimento. É frequente que herdeiros, desde muito cedo, não resistam às mais diversas pressões, adoecendo e, em consequência, fugindo das tarefas que lhes foram dadas. 


Outro problema é o de gênero.  Apesar de serem muito competentes, as herdeiras são raramente  reconhecidas e convidadas a ter as mesmas oportunidades que seus primos ou irmãos. 

No futuro, estas herdeiras, quando sócias da empresa ou conselheiras, poderão provocar uma série de problemas para a gestão e governança, fruto do sentimento de injustiça que sentiram quando jovens.  

Muitas famílias querem basear as crenças e os valores dos seus negócios inspirados nos ideais do fundador(a) da empresa. Esta  missão pode ser muito difícil quando o(a) fundador(a)   deixa totalmente de lado questões como equidade, transparência e até a ética nos negócios.


O ideal seria que os  empreendedores tivessem a oportunidade de receber  uma boa formação em gestão e, sobretudo, em governança empresarial.

 
 
 

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