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A chave para introduzir uma mentalidade voltado para o novo nas pequenas e médias empresas familiares




Os conflitos familiares nas  empresas brasileiras são um grande gerador de tumultos e mesmo de fechamento das organizações.  Ora  ligados à sucessão, ora por  conflito de gerações. Há ocasiões em que pais e filhos simplesmente não se entendem. 

Temos inúmeros casos em que filhos ao se formarem em cursos técnicos ou superiores ingressam nas empresas da família. Chegam com ideias e projetos geralmente ligados à inovação ou até ligados à transformação digital que encontram logo de início oposição ferrenha por parte dos pais, ou seja, dos sócios majoritários do negócio. 

Ao não permitir que os filhos coloquem em prática suas idéias,   os filhos se retiram do negócio e as empresas continuam operando sem  inovar , correndo o risco de se tornar menos competitivas ao longo do tempo. Quando o pai, "chefe supremo" da organização, rechaça sem pestanejar uma ideia trazida pelo filho muitas vezes o  faz por total insegurança em relação ao novo ou por querer mostrar que é sabedor da verdade. 

Muitas empresas tradicionais, vão rapidamente envelhecendo e  desaparecendo pela postura  e perda de visão de seus dirigentes. Nos dias atuais é imprescindível que exista uma abertura total em relação ao novo. A transformação digital no mundo dos negócios é muito grande. Tão grande, que é impossível  acompanhar tudo que acontece neste universo e ter o domínio sobre tudo. É praticamente mandatório que as lideranças dos negócios estejam permanentemente buscando, estudando e acompanhando a evolução das coisas. E também é de muito  importante que se crie nas empresas uma " cultura empresarial" voltada ao novo. Portanto, a empresa precisa correr certos riscos ao inovar e reservar recursos financeiros para ela bem como o   ambiente empresarial deve ser propício a fomentar e estimular a abertura para o novo. 

Neste contexto precisa existir uma forte aliança entre cultura e estratégia. Caso ambas não caminhem juntas. rupturas ocorrerão afetando o desenvolvimento e o crescimento dos negócios. 

Sem dúvida, percebemos a importância que as  lideranças de um negócio precisam dar ao novo.   

As lideranças empresariais envelhecem e talvez com a idade a abertura para o novo se torna mais difícil. Os dirigentes empresariais precisam estar conscientes de que independentemente de seu envolvimento com o "novo" ser mais ou menos intenso, este movimento de busca permanente pela atualização precisa ser uma constante. Assim sendo, mecanismos precisam ser criados, como por exemplo a formação de Comitês de Inovação tecnológica, para que a cultura e a estratégia  não dependam mais do " dono " da empresa. 

Desta forma, o herdeiro  trabalhará em um ambiente mais propício e aberto a discutir novas ideias  não obrigando-o a se retirar do negócio familiar. 

Neste contexto, um Conselho atuante poderá ser um importante balizador da evolução tecnológica e de transformação digital  da empresa. Tenho visto conselheiros participarem de Comitês de Tecnologia e Estratégia com excelentes retornos para a governança empresarial e sucesso dos negócios.

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